segunda-feira, 12 de julho de 2021

The Fall of the Roman Empire (A Queda do Império Romano), de Anthony Mann (1969)

No ano de 180 Depois de Cristo, o imperador Marco Aurélio, que liderou suas legiões romanas contra as tribos germânicas ao longo da fronteira do Danúbio, tem estado em ritmo de guerra há 17 anos.

Agora ele convidou todos os governadores, todos os cônsules e príncipes de todo o império para um propósito particular. Todos respondem ao seu chamado, desde os desertos do Egito, das montanhas da Armênia, da floresta da Gália e das pradarias da Espanha.

Marcus os saúda como amigos, e diz a eles que no mundo todo, apenas duas pequenas fronteiras são ainda hostis a Roma.  Uma ao norte, que separa o Império Romano daqueles chamados de bárbaros e o outro, no leste da Pérsia. Apenas nessas duas fronteiras, Roma está encontrando muralhas, paliçadas, fortificações e ódio. Mas essas não são as fronteiras que ele quer. Ele quer fronteiras humanas, a visão de uma família de nações.

Para o grande imperador, o tempo é curto e há uma decisão que ele não pode mais esperar para tomar. Ele não quer que seu filho, Commodus, seja seu sucessor. Seu desejo é que Livius, o comandante do exército do norte, o suceda. E Marco Aurélio quer apresentá-lo aos líderes das nações, como sendo seu sucessor.

O produtor deste filme é Samuel Bronston, o mesmo de ‘Rei dos Reis’ e ’55 Dias em Pequim’. ‘A queda do Império Romano’ teve uma boa bilheteria, mas não recuperou todo a montanha de dinheiro investido. Depois dos grandes sucessos de “Lawrence da Arábia”, “Ben-Hur” e “El Cid”, Bronston quis repetir o mesmo sucesso com esse novo grande épico, haja vista que ele trouxe atores desses três filmes. Ele chegou a convidar Kirk Douglas e Charlton Heston, mas este último achou mais interessante estar em ‘’55 Dias em Pequim”.

O filme vale pelo grande elenco (muitos com poucas falas), pelas cenas de batalhas e a famosa disputa de duas bigas (entre Stephen Boyd e Christopher Plummer), pela luxuosa produção e por Alec Guinness como Marco Aurélio ou Marcus Aurelius e por Christopher Plummer como Cômodo ou Commodus. Várias cenas de ação foram feitas pelo mesmo Yakima Canutt de “Ben Hur”.

O símbolo que Timonides (James Mason) usa no pescoço é um staurogram, um símbolo do começo do Cristianismo. É a única menção do Cristianismo no filme.

No voo para a Espanha, para as locações do filme, um dos roteiristas começou uma conversa com Alec Guinness, depois de vê-lo trabalhando no script. Guinness dizia que ele não estava gostando das suas falas e estava reescrevendo-as, antes de começar a memorizar. Depois de grandes sucessos seus antes, de ‘A Ponte do Rio Kwai” e “Lawrence da Arábia”, ele tinha toda a fama que ele poderia fazer o que quisesse.

Christopher Plummer ficou maravilhado com toda a pompa da produção. Um Rolls-Royce ficou à sua disposição por toda a duração das filmagens.  Mas, enquanto Jeffrey Hunter e Robert Ryan estavam filmando, do mesmo produtos Bronston, “O Rei dos Reis” (1961), o carro, que eles usavam, quebrou a caminho da cena do Sermão da Montanha e eles tiveram que dar uma empurrada para ver se o carro pegava, usando o figurino de Jesus Cristo e João Batista respectivamente.

O diretor Anthony Mann filmou por 143 dias, enquanto os diretores assistentes, Yakima Canutt e Andrew Marton filmavam as cenas de ação simultaneamente em 69 dias. Teve cenas em Roma e Madri e foi um dos mais caros dos anos 60, custando cerca de 16 milhões de dólares equivalente a mais de $140 milhões de dólares em 2021.

Anthony Mann, de certa forma, mostrou a Kirk Douglas que ele era capaz de ter dirigido "Spartacus",  que, na época, Kirk preferiu trocá-lo por Stanley Kubrik.

O salário de Sophia Loren foi de $1 milhão ou quase $9 milhões de dólares em 2021. Ela foi, na época, a segunda mulher, além de Elizabeth Taylor, a receber essa quantia por apenas um filme.

Elenco: Stephen Boyd (Livius), Sophia Loren (Livilla), Alec Guinnes (Marcus Aurelius), Christopher Plummer (Commodus), Omar Sharif (Sohamus), Mel Ferrer (Cleander), James Mason (Timonides) e a curiosa participação de Virgílio Teixeira, um português da Ilha da Madeira, no papel de Marcellus.

Trilha Sonora de Dimitri Tiomkin. E filme é baseado em parte no livro clássico de Edward Gibbon, ‘Declínio e Queda do Império Romano’.

Abaixo, link para ver o filme:

https://1drv.ms/v/s!AjMUR7SXEhT_ywseKHMf5G2Oq-nT?e=myqS0X


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