Jenna Coleman como Rainha Victoria |
Criada e escrita por Daisy Goodwin, que obteve o material para o roteiro dos extensos diários da Rainha Victoria, ela tem sido capaz de fazer arranjos a fim de tornar o conteúdo mais dramático, já que várias partes dos diários foram removidas após a morte da rainha.Victoria transmite precisamente dois dos elementos mais essenciais da arte de fazer a história real funcionar na tela. Primeiro é o elenco - e particularmente a protagonista - um grupo com que você quer passar horas, e segundo, o enredo é movimentado e interessante?
A resposta é um enfático Sim, tanto para Jenna Coleman (Doctor Who) como Victoria, Rufus Sewell (da série The Man in the High Castle) como Lorde Melbourne, Tom Hughes (da minissérie The Game) como Príncipe Albert, Paul Rhys como Sir John Conroy, Peter Firth como o Duque de Cumberland e um vasto elenco coadjuvante. Se grande elenco vai ser capaz de ter o mesmo clima , o mesmo espírito que os personagens de Downton Abbey ainda temos que esperar, mas é certamente um bom começo com Coleman e Sewell em particular, proporcionando um magnetismo desde o princípio.
Coleman (Victoria) e Sewell (Melbourne) |
Em Victoria, devemos assumir que os personagens interpretados por um Sewell mais novo e bonito que o verdadeiro Melbourne e uma mais velha e bonita Coleman (comparada com a verdadeira Rainha Victoria, ou Rainha Vitória) podem ter tido uma atração legítima, dado o estado dos assuntos da realeza que Victoria enfrentava na época e a trágica história de Melbourne (sua esposa o tinha deixado por Lord Byron). Em termos de intensidade dramática, a atração entre os dois certamente leva bem a história adiante para uma estréia de 2 horas de duração (os episódios seguintes são de 1 hora).
Tom Hughes (Príncipe Albert) |
Também é grande desempenho de Coleman como Rainha Victoria, pois ela consegue dar um tempero de estar um pouco confusa com seu novo status de Rainha e de ser uma pessoa auto-confiante e sincera ao falar. É isso que fez Victoria a espécie de rainha que as pessoas adoravam ler a respeito e, por sua vez, torna-se uma ficção histórica interessante- você não se torna uma rainha aos 18 anos sem os tubarões ao seu redor e a natureza pessoal de Victoria, de enfrentar a tradição e as expectativas e ser ela própria uma desafiadora é exatamente o que faz Victoria uma série que tem muito a ser trabalhada no curso de suas temporadas.
Há histórias ou estórias de criados para Victoria e seria estranho não ter, não porque existia essa estrutura em Downton Abbey, mas porque a divisão formal realmente existia historicamente e era uma parte inevitável de uma residência de nobres. Então, Victoria não está copiando isso, apenas registrando o que realmente ocorria. Por outro lado, a criadagem, muitas vezes, era a melhor parte de Downton Abbey, e em Victoria esses personagens estão, pelo menos nesse começo, menos desenvolvidos do que a realeza a quem eles servem. Assim, não se apresse em criticar até que Victoria tenha mais tempo para começar a contar as estórias da criadagem, com tanto vigor e confiança quanto as histórias dos nobres (que eram, conforme sugere a história no caso da Rainha Victoria, muito mais dramáticas e intrigantes).
O resumo de tudo é este: Victoria vale bastante a pena do seu tempo, quer tenha adorado Downton Abbey ou não, e pelo grande trabalho feito pelo canal de TV britânico ITV, deve ter muito sucesso.
1ª Temporada (2016) somente disponível em sites da Internet.
Fonte: THR
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