segunda-feira, 27 de março de 2017

A Série Harlot promete tanto nudez feminina como masculina

Cena de "Harlots"
Retirando o conteúdo apenas sensual das trabalhadoras do sexo do século 18, a nova série da Hulu, estrelando Samantha Morton vai além do clichê e beira o realismo.

Há prazeres a serem obtidos na nova série Harlots, um tipo diferente de saga centrada no ano de 1763 em Londres, com o pano de fundo sendo a disputa de duas "casas de pensão" (mais conhecidos como bordéis), em uma época em que uma em cada cinco mulheres estava no ramo do sexo. Mas os prazeres aqui não são os da carne, pois Harlots já começa mostrando o que estão ali para fazer e não vão dourar a imagem depois disso.

O crédito vai para as criadores Moira Buffini e Alison Newman, que são basicamente as criadores, diretoras e quase as exclusivas produtoras por detrás de Harlots. Elas procuram fazer com a maior realidade possível.

Não é um negócio glamoroso, mesmo que as madames usem enormes perucas e ligas e façam negócios com a classe dominante.

O que Buffini, que escreveu os primeiros dois episódios - e Newman consegue com essa abordagem é um dar uma imagem de eficiência como um negócio qualquer. Harlots quer se carregada pelos personagens e focalizam madames rivais. Margaret Wells (Samantha Morton) e Lydia Quqley (Lesley Manville) em vez de monte de corpos nus e amor apaixonado.

Pode ser desapontador para alguns, que souberam que Lady Sybill de Downton Abbey vai interpretar uma prostituta. Mas é melhor para Jessica Brown Findlay como atriz, que ela possa trabalhar com ângulos mais importantes do seu papel como a filha mais velha de Morton, Charlotte, que foi vendida para a prostituição como uma pré-adolescente e agora ainda é considerada uma das cortesãs mais desejáveis da sociedade londrina.

Foto ao lado durante a apresentação da série: Da esquerda para direita: Debra Hayward, Alison Owen, Lesley Manville e Moira Buffini. 


Sexo como poder e oportunidade - frequentemente a única oportunidade - em 1763 é o que as mulheres por detrás de Harlots querem enfatizar. Morton, que faz um grande trabalho como a Madame Margaret, se esforça como louca para chegar ao mesmo nível da rival Lydia Quigley. Vendida por sua própria mãe para a prostituição aos 10 anos em troca de um par de sapatos, ela se orgulha de ter feito a vida sozinha depois de tudo, enquanto ainda esteja envergonhada e internamente torturada que ela tenha se tornado Charlotte uma prostituta e agora esteja recebendo ofertas pela virgindade da sua filha mais nova, Lucy (Eloise Smyth).

"Esta cidade é feita de nossa carne - todas as vigas, os tijolos. Nós vamos pegar a nossa parte," diz Margaret.

Algumas das inspirações para Harlots vem do guia de avaliações de prostitutas da época "Harris´s List of Covent Garden Ladies". A série, co-produzida com a ITV na Inglaterra, tenta ver o mundo como era realmente, não através da "visão masculina", como as criadoras dizem. Esta visão direta das próprias prostitutas do tempo do Rei George tende a colocar um novo frescor em um gênero desgastado.




Fonte: The Hollywood Reporter

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