quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Crítica sobre o filme "A Chegada", que estreia dia 24/11 no Brasil

Pete Hammond do site Deadline comenta sobre o filme "A Chegada".

Filme com Amy Adams como protagonista envolve a chegada de doze espaçonaves alienígenas em diversos locais na Terra. 

Poderia parecer ser mais um daqueles previsíveis filmes de ficção científica, mas o diretor, Denis Villeneuve tem algo mais em mente com este seu filme inteligente, cerebral e absorvente, entre outras coisas.

Não tem nada a ver com Independence Day. Ele pode ser um dos filmes mais sérios que envolvem uma interação com seres de outros planetas. É uma estória emocionante sobre amor, perda, pesar, comunicação, linguagem, memória e nosso passado como chave para desvendar nosso futuro. O roteiro é baseado no conto de Ted Chiang, "A Estória de Sua Vida", que era o título original do filme.

Amy interpreta Dra. Louise Banks, uma professora de linguística, convocada, juntamente com o físico Ian Donnely (Jeremy Renner), após 12 espaçonaves no formato ovalado misteriosamente terem pousado por todo o globo. O impaciente coronel Weber (Forest Whitaker) envia os dois para Montana, local onde está uma espaçonave, a fim de tentar rapidamente o contato e saber o que querem os seres. É claro que há muita urgência, pois a população começa a entrar em pânico, o noticiário fica agitado, a bolsa cai e toda as espécies de coisas que podem acontecer, diante de tal acontecimento.

Contudo, Banks, que está ainda lamentando a morte de sua filha de doze anos, espera fazer o contato, desenvolvendo uma linguagem para iniciar a comunicação com os seres extraterrestres.
Nesse processo fascinante (não se veem muitos linguistas retratados desta forma), ela começa a ter flashbacks da relação com sua filha, enquanto ela crescia. O que ela acaba descobrindo, a leva próxima aos segredos da morte e da vida. Os extraterrestres são criaturas negras com ramificações tipo aranha, que estão bem longe da definição comum hollywoodiana de seres de outros planetas. É bastante hipnótico assistir as interações deles com a doutora.

Não é um necessariamente um filme de apenas uma dimensão, dos que gostam do gênero, mas não tem muita paciência para estórias envolventes e cerebrais. Amy Adams está muito bem, haja vista seu papel de protagonista, mas Jeremy Renner também tem seus bons momentos. Além disso, é também uma estória sobre ser mãe, e deve ecoar muito com as mulheres que irão assistir.

O filme teve muita aceitação nos Festivais de Veneza e Toronto, o que o credencia para todos assistirem nos cinemas do Brasil a partir de 24 de novembro.



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