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Saturday, September 5, 2020

A Primeira Página (The Front Page), de Billy Wilder (1974)

Enredo: Em Junho de 1929, em Chicago, a imprensa está cobrindo, da sala de imprensa, o enforcamento no dia seguinte do anarquista Earl Williams (feito por Austin Pendleton) que acidentalmente matou um policial.
Hildy Johnson (Jack Lemmon), que é o melhor jornalista  do Chicago Examiner, diz ao seu chefe Walter Burns (Walter Matthau) que está pedindo a conta e que vai se casar com uma pianista de concerto viúva, Peggy Grant (Susan Sarandon) no dia seguinte, dizendo também que irá se mudar para Filadélfia e trabalhar no ramo de propaganda. Walter tenta convencer Hildy a ficar no jornal e cobrir a execução. Enquanto isso, o delegado corrupto Pete Hartman (feito por Vincent Gardenia) interroga Earl Williams com o psicólogo Dr. Eggelhofer (Martin Gabel), para a última verificação se o prisoneiro é são e o doutor propõe uma simulação de como foi o assassinato, mas Earl atira no doutor com o revólver do delegado e escapa. O representante do governador , Plunkett (Paul Benedict)chega com um documento para não haver o enforcamento, mas o delegado não aceita receber o documento e manda Plunkett a um prostíbulo. Quando Hildy encontra Earl escondido na sala de imprensa, seu sentido de jornalista prevalece e ele chama Walter para proteger Earl.

Dirigido por: Billy Wilder
Roteiro de: Billy Wilder baseado em peça de Ben Hecht e Charles MacArthur 
Com: Jack Lemmon, Walter Matthau, Susan Sarandon, Charles Durning, Vincent Gardenia, Carol Burnett e David Wayne. |

Filme indicado a 3 Globos de Ouro, mas não foi um grande sucesso de Wilder.

Este foi o terceiro de dez filmes feitos pela dupla Matthau e Lemmon.

Houve uma versão de 1931, mas esta foi a primeira a mencionar a cidade pelo nome e usar jornais reais de Chicago. Billy Wilder achava que Chicago era a cidade com os melhores jornais do país.

Carol Burnett ficou extremamente chateada com seu desempenho, assim como muitos críticos. Ela sempre contava um acontecimento quando ela esteve em um voo, que mostrava este filme. Quando o filme acabou, Burnett se levantou da poltrona do avião e pediu desculpas aos passageiros.


Matthau, Lemmon e Wilder em bastidores
Diziam, na época, que Jack Lemmon, Walter Matthau, e Billy Wilder não se deram bem durante as filmagens e disseram que nunca iriam trabalhar juntos de novo. Sete anos depois, eles trabalharam juntos em Amigos, Amigos, Negócios à Parte (1981).

O filme faz referências ao conhecido jornalista William Randolph Hearst, que foi dono do Chicago Examiner, do Chicago American, e do Chicago Herald. Nos anos 20, ele fundiu dois jornais para formar o Herald-Examiner.
A cena de abertura do filme mostra as impressoras do jornal de Los Angeles, Los Angeles Herald Examiner. Ainda usava impressoras antigas.

Fonte: IMDb

Veja o filme por este link:
https://1drv.ms/v/s!AsG-jsm3UF0ablL4oC15fGy6lYs?e=VJmecO

Friday, April 17, 2020

Cinco Covas no Egito (1943) - Um Clássico do diretor Billy Wilder

"Five Graves to Cairo" é um filme de guerra feito pelo mestre diretor Billy Wilder.

Com roteiro de Charles Brackett e do próprio Billy Wilder.

O pano de fundo é a 2ª Guerra Mundial. Junho de 1942, com o exército britânico recuando após vitórias de Rommel no deserto, deixa apenas um sobrevivente na fronteira do Egito, o soldado John Bramble, que encontra refúgio em um remoto hotel no deserto e que logo vai se tornar um quartel general dos alemães. Bramble assume outra identidade, que pode ser arriscada. O convidado de honra é nada menos que o Marechal Rommel (vivido por Erich von Stroheim), que vai acabar dando indicações sobre sua estratégia secreta, com o nome de código "Cinco Covas".
Isso leva ao significado do título do filme "Cinco Covas para Cairo" ou "Cinco Covas no Egito", título original no Brasil. Na verdade, se referiam a cinco depósitos enterrados de combustível e suprimentos. O local secreto era identificável em cada letra da palavra Egito em um mapa do país, que foi secretamente estabelecido antes da 2ª Guerra para a preparação da invasão do Egito pela Alemanha.

Bastidores do filme conforme site IMDb.
Erich e Billy Wilder à direita
Erich von Stroheim insistiu muito em 'melhorar' seu próprio uniforme e teve permissão do estúdio Paramount para criar sua própria vestimenta, assim como seu cabelo e maquiagem. Ele estudou fotografias de Rommel e fez pedidos específicos para equipamentos, roupas e adereços. Estes incluíam óculos de campo alemães, uma câmera Leica de 35mm com filme verdadeiro dentro.Todos os itens tinham que funcionar de verdade.Von Stroheim dizia que sua atuação poderia ser prejudicada, se não contasse com itens verdadeiros. O diretor Billy Wilder chegou a questionar o ator sobre o filme que tinha dentro da câmera, pois não seria visto pelo público. Von Stroheim respondeu que o público sempre percebe se um adereço é genuíno ou falso. 

O tanque visto no começo do filme era um tanque americano e não um tanque inglês. Foi emprestado para a produção por uma base americana próxima. A produção tentou obter um inglês, mas a solicitação foi negada.

O filme utiliza elementos históricos da Segunda Guerra Mundial relativos à campanha militar no Norte da África, que eram assuntos correntes da época e tinha acontecido há poucos meses do momento da produção e estreia do filme

Para a primeira cena de Erich von Stroheim como o Marechal Rommel, o diretor Billy Wilder o fotografou em um 'close' por detrás do pescoço do ator. Wilder disse que ele, de pé com seu pescoço rígido em primeiro plano, poderia expressar mais do que quase qualquer ator com o próprio rosto.

Von Stroheim era um ídolo para Wilder. Veja mais a respeito de Stroheim aqui: https://www.infopedia.pt/$erich-von-stroheim
Logo que o ator chegou ao set de filmagem, o diretor correu até o camarim para saudá-lo. Ele disse. "Este é um grande momento na minha vida... que eu possa agora dirigir o grande Stroheim. O seu problema, eu creio, foi de que você esteve dez anos à frente do seu tempo. Von Stroheim respondeu, "Vinte anos".


Franchot, Anne e Erich
No filme, quando Rommel diz a Mouche (Anne Baxter) que o julgamento dela não seria conduzido sob a lei germânica a fim de que "mostrássemos a vocês que não somos os bárbaros que vocês imaginam de nós, mas de acordo com a sua própria lei, o Código Napoleônico. Isto foi, de acordo com Leonard Rubinstein em seu livro "Os Grandes Filmes de Espião", uma referência para o personagem Rauffenstein  feito por von Stroheim no filme "A Grande Ilusão" de Jean Renoir, de 1937.

Billy Wilder fez apenas dois filmes de guerra. Este e o o filme "O Inferno 17" (Stalag 17), de 1953, com William Holden. Ambos os filmes receberam três indicações ao Oscar. Cinco Covas no Egito recebeu indicações para cinematografia, direção de arte e edição. Stalag 17 recebeu para Diretor, Melhor Ator e MelhorAtor Coadjuvante.

Embora o local do filme seja a ficcional cidade egípcia de Sidi Halfaya, a cidade originalmente programada era para ser a cidade de Sidi Barani, que foi capturada pelo Afrika Corps de Rommel em 1941 e retomada pelos britânicos no ano seguinte.As cenas de deserto foram filmadas nas dunas perto de Yuma no Arizona. A filmagem também aconteceu na Califórnia, onde as cenas de batalha foram feitas, com a assistência de tropas do exército americano.

O cinematógrafo (que antes era denominado fotógrafo) do filme foi John F. Seitz e participou de outros filmes com Billy Wilder. Ambos examinaram em detalhe um grande número de fotos preto e branco dos locais reais mostrados no filme, inclusive fotos de batalhas, a fim de dar ao filme a melhor autenticidade. Este filme usou cenas reais de combate da Batalha de El Alamein.

Este filme de espionagem inspirou uma operação de espionagem real. O ator Miles Mander parecia tanto com o General Montgomery que a Inteligência Britânica tentou contratá-lo para servir de dublê de Montgomery  para uma missão de enganar os alemães sobre o local real da invasão do Dia D. Contudo, Mander era alto demais, assim eles encontraram um comediante australiano, M.E. Clifton James para se fingir de Monty. Eles enviaram o falso Monty (Montgomery) para Gibraltar para fazer os alemães pensarem que os britânicos iriam invadir pelo Sul da França, antes de atacarem o norte.


Anne Baxter e Franchot Tone
A maior parte dos soldados alemães foram feitos por atores alemães, com exceção de Rommel, que foi feito por Erich Von Stroheim, nascido na Áustria.
Todos os personagens do filme foram feitos por atores de várias nacionalidades diferentes dos seus personagens. O ator inglês, John Bramble, é feito por um americano, Franchot Tone. O marechal alemão Rommel é feito por um austríaco; o dono do hotel egípcio é feito por um russo (da Geórgia) Akim Tamiroff; a camareira francesa Mouche, feita pela americana Anne Baxter.

Anne faz a camareira francesa Mouche. Mouche seria uma corruptela de uma gíria em alemão para genitália feminina. Na verdade, Muschi é que seria a gíria. Mouche é uma palavra francesa, que pode significar espiã. 


Os alemães são feitos por atores alemães e falam com sotaque, exceto Stroheim, que havia emigrado da Áustria para os EUA na idade de 24 anos e seu sotaque aparece ocasionalmente. O ator Franchot Tone, que faz o militar inglês, é americano e fala com sotaque americano. Anne Baxter, que faz um francesa é americana, contudo tem um bom sotaque francês.

O diretor Cameron Crowe chegou a descrever este filme como o precursor da franquia de filmes de Indiana Jones.

A trilha sonora foi composta por Miklós Rózsa, ainda não tão famoso, mas atuando desde 1937.

Para finalizar, não deixem de ver a magnífica fotografia em preto e branco de Cinco Covas no Egito e com uma resolução espetacular de 1080p. Belíssimo para um filme de mais de setenta anos.
A razão da beleza do filme é que o filme foi feito com a técnica Chiaroscuro (literalmente, claro-escuro), um efeito de usar diferente tons de contraste claro e escuro.


Segue abaixo o link para baixar o filme:
https://odobagg-my.sharepoint.com/:v:/g/personal/moegtufwc_od_obagg_com/EXUJMXRJTClMlwn8pbcrTgwBWNwS_rGLATxmNn_vXTSw5g?e=bDlPaC

Monday, March 9, 2020

Águia Solitária "The Spirit of St. Louis" com James Stewart, filme de Billy Wilder (1957)

Charles A. Lindbergh, que era conhecido como Slim, que para nós seria Magrão, queria o ator Anthony Perkins para fazê-lo no filme. Mas Billy Wilder preferiu alguém mais experiente e carismático como James Stewart.

Mesmo o produtor Jack Warner se opôs fortemente a escalar Stewart, que ele acreditava que tenha feito o filme fracassar na estreia em 1957. Warner achava que um ator mais jovem e menos conhecido era melhor para interpretar Lindbergh. Jack Warner disse, na época, que foi o maior fracasso que já tinha tido.


James Stewart estava fazendo um Charles Lindbergh na idade de 25, mas ele já estava com 47 anos, quando o filme foi feito. Até Stewart sentia dificuldades no decorrer do filme. Alguns acreditavam que até ele se sentia mal escalado.
O próprio Charles Lindbergh ficou extremamente desapontado com o retrato dele feito por James Stewart.
Stewart ficou com o papel após John Kerr ter recusado fazer, por causa da sua desaprovação pelas simpatias nazistas e visões antissemitas de Lindbergh. 
Depois de verem o filme, acredito que todos vão adorar a interpretação de James Stewart

Filme sobre a história do voo solo de Charles Lindbergh cruzando o Atlântico.

Dirigido pelo mestre Billy Wilder e com o sempre ótimo James Stewart. Quem não gosta de James Stewart, não deve gostar de sorvete e batata frita.

Lindbergh se tornou uma figura controversa por sua extrema oposição pelos americanos ajudarem os britânicos contra a Alemanha nazista e a Itália fascista.

James Stewart teve que usar bastante maquiagem no filme, já que ele estava fazendo um personagem que era metade da sua idade.


Uma das réplicas do “O Espírito de St. Louis” construída para o filme está no museu de Henry Ford, no estado de Michigan, nos EUA.Eu mesmo estive nesse museu no final da década de 90 e não me lembro de ter visto o avião.

No começo do filme, Lindbergh é acordado de sua cama no quarto do hotel pela música “Rio Rita” sendo tocada alta em um toca discos. Ele estaria a caminho para ver o show da Broadway “Rio Rita”, quando ele soube que o tempo estaria bom para voar no dia seguinte. Ele acabou voando na manhã seguinte. O ator James Stewart é conhecido por seus colegas atores como Jimmy Stewart. Um personagem do musical “Rio Rita” se chamava Jimmy Stewart. Era o destino.

Lindbergh é mostrado no filme tentando dormir a noite antes do seu voo para Paris. Na verdade, o que houve na vida real é que ele passou a maior parte da noite em festa com amigos.

No seu voo, quando Lindbergh avista a Irlanda, ele voa sobre a Ilha Skellig. Esta é a mesma ilha exibida no filme “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), quando Rey (Daisy Ridley) se encontra com Luke (Mark Hamill) pela primeira vez.

Mais coincidências. O vôo de Lindbergh de 1927 para a França começou quando ele decolou de Nova York em 20 de Maio. O ator James Stewart, que faz o Lindbergh, nasceu em 20 de Maio. Em 1932, a aviadora Amelia Earhard se tornou a primeira mulher a fazer o vôo solo pelo Atlântico, depois de decolar em 20 de Maio.

Veja o filme pelo link abaixo:
https://odobagg-my.sharepoint.com/:v:/g/personal/moegtufwc_od_obagg_com/ETdlRGAiKBtMvKLq5SFZ1PsB0hbGihMwMGm3c8PvKGsNCA?e=Fagumo

The White Caravan - Tetri karavani - (1963)

For generations, shepherds from villages high up in the mountains have been traveling with their vast sheep herds, moving them to distant pa...