Sunday, September 25, 2011

Operação França

Ontem, assisti novamente a Operação França noTCM. Um dos meus policiais preferidos e ainda não perdeu sua força mesmo sendo feito em 1971.

A seguir destaco alguns fatos dos bastidores:


Fernando Rey foi escalado por engano. O diretor William FriedkinRobert Mitchum disse que não aceitou o papel de Popeye Doyle (de Gene Hackman) porque ele odiou a estória. Ele não iria caber bem neste papel, afinal de contas.

ele queria um ator que ele tinha visto em Bela da Tarde e o diretor de elenco achava que era Fernando Rey, que acabou sendo contratado. Na chegado ao aeroporto para receber Rey, Friedkin viu que não era o ator

em que ele havia pensado. E também soube que Rey não falava nada de Francês, exigido para o papel. Uma vez estando no hotel de Rey ( o mesmo onde ele ficaria no enredo do filme), Friedkin chamou o diretor de elenco ,que percebeu ter confundido o nome de Rey com o ator Francisco Rabal. Friedkin considerou dispensar Rey, mas mudou de idéia depois que soube que Rabal não estava disponível e não falava Inglês. O destino provou que Fernando Rey era o ator para o papel e o filme ganhou muito com sua classe e interpretação.

A batida de carro durante a sequência de perseguição, na intersecção da Stilwell Avenue com a 86th Street, não tinha sido planejada e foi incluída por causa do seu realismo. O homem, cujo carro foi batido, tinha acabado de sair de casa a alguns quarteirões dali para ir ao trabalho e não sabia que estavam filmando uma perseguição de carro. Os produtores depois pagaram os reparos no seu carro.

O condutor do metrô era mesmo um condutor verdadeiro, cujo nome era Bob Morrone (um parente do meu amigo Douglas Morrone). O ator que deveria desempenhar o papel do condutor não apareceu no dia em que a cena seria filmada.

A cena principal de perseguição de carro foi amplamente considerada como sendo a melhor já feita no cinema na época, superando até Bullitt. O diretor Friedkin tentou se superar com outra sequência em To Live and Die in L.A.

Em pelo menos uma vista do horizonte de Manhattan (quando o carro esta sendo descarregado no navio de carga, dá para ver uma parte da construção do World Trade Center sendo feita.

Foi oferecida a Steve McQueen a chance de estrelar este filme. Já tendo feito um policial em Bullitt, ele não queria atuar em novos papeis de policial, e não aceitou a oferta.

In 2007, o American Film Institute colocou este filme no 93º lugar dos Melhores Filmes de todos os tempos.

O papel principal também foi oferecido a Lee Marvin, mas rejeitou porque ele não gostava de policiais. O interessante é que Marvin fez sucesso no papel de durões em vários filmes.


Ele explicou depois que ele sempre deixava claro que mostrava um pouco de conflito entre o seu papel e os militares e a policia, mesmo que ele fosse uma parte disso. Ele sentiu que não daria para fazer o mesmo em Conexão França e, portanto ,não o faria aceitar o papel.

A cena inicial onde Doyle e Russo estão atrás de um traficante de droga com Doyle vestido de Papai Noel foi baseada em uma tática real usada pelos policiais reais (em que o filme foi baseado)Eddie Egan e Sonny Grosso. Em ocasiões de vigias comuns em bares sem disfarces, os policiais descobriram que eram facilmente identificados e sempre escapavam da cena antes que os policiais pudessem pegá-los. Em um Natal, Egan veio com a idéia de se vestir de Papai Noel, achando que os traficantes nunca suspeitariam de Papai Noel ser um policial. Como mostrado no filme, Egan caminhava pelos bairros vestido de Noel, cantando músicas de Natal com as crianças locais. Quando ele via uma droga sendo traficada, Egan cantava Jingle Bells (Tocam os Sinos pequeninos) como sinal para seu parceiro entrar e fazer a prisão em flagrante. A tática funcionou muito bem, e Egan e seus parceiros fizeram dezenas de prisões durante vários Natais.

Operação França é clássico que sempre merece ser revisto. Houve continuação, mas não tão boa como o primeiro, embora contou com a participação de Gene Hackman , mas em Friedkin.

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